CRIME

Foi um crime o resultado do Grenal. Não merecíamos tomar aquele gol no fim, dominamos o jogo e mesmo com um a menos tínhamos o jogo controlado. A perda do Fábio Rochembach foi fundamental para o desfecho do jogo. O melhor seria se ele não tivesse feito a defesa. Mesmo tomando o gol tínhamos a possibilidade de fazer outro, como de fato fizemos e não estaríamos prejudicados pela sua ausência, que, sem qualquer dúvida, comandava o meio campo no jogo. Com ele não teríamos tomado aquele gol do D'alessandro. Pena, porque fomos melhores. Como melhorou o Grêmio com o Renato. Confesso que todo esse conhecimento e lucidez dele, sem aquela marra conhecida, me surpreendeu. Pensei que ele seria importante por tudo o que ele representa para nós, mas me equivoquei. O cara sabe muito de futebol e tem uma ousadia que não conhecíamos. Perdemos muitos gols quando já estava 1x0, se tivéssemos aproveitado pelo menos uma delas, estaríamos hoje comemorando. Sem falar em mais um penalti não marcado pelo Simon. Que satisfação saber que esse cara não apitará mais. Já vai tarde Simon.

DISCURSO E PRÁTICA

Eu sei que o discurso muitas vezes é diferente da prática, mas ouvindo o Presidente eleito Paulo Odone ontem após a sua eleição, fiquei esperançoso em dias melhores para o Clube Grêmio. A promessa de profissionalização de todos os setores é medida mais do que necessária. Impossível administrar de forma amadora um clube com o tamanho do orçamento do Grêmio, com a marca que o clube representa, com o montante de contratos existentes e, principalmente, com a obra do novo estádio em plena execução. Os dirigentes por mais boa vontade que tenham, precisam cuidar dos seus afazeres profissionais em primeiro lugar e, se não for assim, cuidado, porque as tentações são grandes. A diretoria, segundo Pauko Odone, cobrará dos profissionais de outros setores, como cobra da comissão ténica e dos jogadores. O clube será mais ágil, menos pesado. Quero agora ouvir o presidente e seu vice de futebol comprometerem-se na renovação do contrato do Renato.