PROBLEMAS

Após o jogo de ontem cheguei em casa e me sentei na frente do computador. Estava pra dizer um monte de merda quando escutei a entrevista do Renato dizendo que os jogadores não deveriam falar após o jogo, de cabeça quente, pra não dizer bobagem. Embora não seja um jogador, quem sou eu para contariar o Renato. Na verdade os problemas do Grêmio a cada dia ficam maiores. O grupo, ao contrário do que pregam os diretores e até mesmo o Renato, não é bom. O time morre no segundo tempo, mostrando que a preparação física não é a ideal. Eu sinceramente não sei o que faz o Paulo Paixão, mas rogo que ele assuma a preparação, pois tenho certeza que não é ele o responsável, salvo se desaprendeu a trabalhar. O Renato deveria mudar radicalmante o time, mas corre o risco de perder o discurso de proteção ao seu grupo. Aí que deveria entrar em ação a diretoria. Deveria pegar a legião de São Paulo - Fábio Santos, Leandro e Souza - e afastá-los do grupo, facilitando o trabalho para o Renato. Acho que o Douglas deve continuar, não temos jogador como ele no elenco e ele pode mais. Escuto o velho discurso de que é preciso trabalhar, mas trabalhar errado é retrabalho. Ação seus merdas!

OUTRA DECEPÇÃO DR KOFF

Decepcionar-se com alguém pressupõe que esperamos desta pessoa alguma coisa. Fábio Koff foi sem dúvida alguma o maior dirigente do Grêmio, mas há muito não se envolve com os nossos problemas, salvo em períodos pré-eleitorais. Li no Correio do Povo que o Fernando Carvalho, segundo seu próprio depoimento, após demitir Fossati levou ao Dr. Fábio uma lista contendo meia dúzia de técnicos para que este o aconselhasse na contratação do novo técnico. Entre eles Celso Roth, Geninho e Tite. Sem pestanejar, segundo F. Carvalho, o Dr. Fábio indicou Celso Roth como sendo o ideal para aquele momento. Não bastasse isso, em outra oportuidade foi o mesmo Koff quem apresentou o Sonda, megaempresário do futebol, ao Carvalho. O resultado já sabemos, injeção de dinheiro e atletas ao inter, tais como D´Alessandro e Kleber. Que Gremista é esse que tanto ajuda esses caras ? Amizade é uma coisa e a nossa rivalidade deveria ser outra, bem diferente. Fosse eu indicaria a manutenção do Fossati ou outro ruinzinho. Celso Roth é campeão da Libertadores, Carvalho é Bi e o Dr. Koff estará de cabo eleitoral de alguém nas nossas eleições. Na última ele deu a vitória para o Duda, mas não apresentou para esse o Sonda ou outro empresário qualquer.

PROGRESSOS

Sábado pela manhã fui ao treino do Grêmio. Na verdade sou um pouco cético com relação aos conhecimentos do Renato como treinador de futebol. Este ceticismo tem a ver com pouco ter acompanhado a carreira de técnico dele, já que exercida longe dos nossos pagos. Por isso fui ao treino no sábado. Cheguei por volta das 10:30 h e já estavam treinando, saí lá pelas 12:30 e o treino continuava. Voltei pra casa impressionado. O cara parava o treinamento a todo instante para mostrar o posicionamento, ora da defesa ora do ataque. Passava mais tempo dizendo o que queria do que a bola rolando. No domingo fui ao jogo como sempre e, para minha satisfação, enxerguei no jogo aquilo que havia sido treinado. Agregado a isso a diferente postura do time no campo, fruto inequivocamente do trabalho do Renato. Não foi essas mil maravilhas, mas já vimos progressos e recuperação de jogadores importantes como Douglas, Magrão e Neuton. Aos poucos esse time vai se ajeitar e certamente não ficará onde está na tabela nesse momento, graças ao Renato.

RENATO

Depois da depressão uma luz no fim do túnel. Renato Portaluppi o maior ídolo da nossa história veio para nos devolver a auto estima, o gremismo tão arranhado nesses últimos tempos. Espero que chegue chutando o balde no vestiário e enquadrando os fracos de espírito. Tem autoridade o Renato para exigir garra, basta mostrar os quadros, as faixas, os troféus que conquistou ao longo de sua carreira no Grêmio. Se eu fosse o Renato em seu primeiro dia como treinador começaria levando os jogadores ao Memorial do Tricolor. As fotos do time de 81 campeão brasileiro, do time de 83, campeão da Libertadores e do Mundo. Mostraria para eles a história que ajudou a conquistar sendo o protagonista. As meias arriadas, a palavra debochada, os alemães tortos com seus dribles e gols. Conhece todos os "migué" dos jogadores, foi muito mais malandro que qualquer um deles e conhece futebol, ao contrário do que falam alguns críticos de seu estilo. Tô entusiasmado e acho que a sua contratação chega num momento especial, quando precisamos do seu jeito de vencedor.

O TIME E AS ELEIÇÕES

Dá nojo ver o time do Silas jogar. Impressionante a falta de vontade dos "craques", a impotência em manter resultado positivo e a resignação com o resultado adverso. Uns caras que sequer poderiam passar por perto da Azenha, Ozéia, Edilson e outros com algum talento mas sem a vontade que nos caracteriza, caso específico do Douglas. Esse cara precisaria respeitar alguém. A voz do vestiário agora deveria ser ouvida, mas não há líderes entre os jogadores, na comissão técnica e, principalmente, nesta diretoria de merda. Alguém tinha que encostar nesses "craques" e mijá-los exemplarmente. A única pessoa que vejo entre esse bando de incompetentes é o Paulo Paixão, mas não entendi ainda qual a verdadeira função dele no momento. Certo é que nem ele exerce autoridade. A imprensa tão candente em críticas quando não gosta de um técnico por ser evazivo ou seco em entrevistas, não critica a falta de esquema do Grêmio a postura perdida do time em campo, a absoluta ausência de vontade deste time, débitos de responsabilidade do Silas, bom moço para os jornalistas. Não consigo ver os passivos e irresponsáveis Duda e Meira cobrando alguma coisa. Esses incompetentes acharam bom resultado um empate com o Goiás depois de sairmos na frente. Esse ano já acabou para nós, tomara que nos mantenhamos na primeira. O primcipal agora é votarmos, tanto para o Conselho, quanto, principalmente para Presidente. Aquelas notórias estrelas que só aparecem em eleições, como o Koff e o Cacalo, aparecerão novamente esquecendo que foram responsáveis pela eleição do playboy. Ficarei do outro lado, de novo.