terça-feira, 14 de abril de 2015

PRESIDENTE ROMILDO

Mesmo um pouco atrasado sobre a polêmica da arbitragem do Campeonato Gaúcho, penso que o assunto ainda é relevante, razão pela qual me atrevo a discorrer brevemente sobre o assunto. Em primeiro lugar quero enaltecer a categoria do nosso Presidente Romildo ao abordar esse espinhoso tema, quando após o jogo ante o Novo Hamburgo,  com voz firme e resoluta, enfrentou o clubismo do Presidente da FGF ao chamar a atenção para a atuação deste nos episódios "Chico Colorado" e "Fabrício". Disse o nosso dirigente que essas atitudes somadas aos erros de arbitragem sempre a favor do nosso adversário, colocavam o campeonato em perigo e que estava atento aos acontecimentos. Precisava dizer o que disse, pois a coisa andava muito solta para o lado da FGF. Me senti representado pelo Dr. Romildo, a quem já estava admirando pela administração sóbria que empreende à frente do Grêmio. Se o Presidente não se manifestasse institucionalmente como fez, esses fatos não seriam lembrados pela imprensa chapa branca (leia-se RBS), porque não há o interesse comercial em criar suspeitas sobre a condução do campeonato. Seria considerado pelos cronistas apenas mais um chororô do Grêmio. Pedro Ernesto chegou a escrever o texto "Até tu Presidente?", como se todos os favorecimentos ao Inter fossem apenas uma paranoia de seus adversários. O "charmoso" Gauchão é um produto da RBS, logo toda crítica ao seu funcionamento é direcionada diretamente a eles, parceiros da FGF. Por isso a defesa intransigente do indefensável da Rede no farto espaço concedido ao futebol em todas as suas mídias. Não fosse assim, ou melhor, se houvesse liberdade editorial, por certo até mesmo jornalistas de outras áreas criticariam as manifestações do Noveletto diante do episódio Fabrício. Ele primeiro negou a ocorrência da injúria racial, mesmo que estivesse longe dos fatos. Depois, admitindo a  ocorrência, afirmou que a culpa era do jogador em razão de seu comportamento. Ora isso é o mesmo que justificar um estupro pela minissaia da vítima. As declarações infelizes e preconceituosas do Noveletto seria motivo de sua renúncia, ou pelo menos de uma ampla discussão pública, que foi sonegada por interesses comerciais. Charmoso é o caralho.