OS LOCAIS

Sábado à tarde fui com a Gabi em um desses cafés do Bairro Bom Fim. Um com mesinhas na rua. No café, que estava quase cheio, havia uma moça que tudo fazia para mostrar o quanto conhecia e era conhecida no café. Era uma “local”. Me dei conta de como as pessoas gostam de ser conhecidas em determinados bares e restaurantes. Gostam de chamar os garçons pelo nome e também de serem chamadas assim, principalmente por apelidos, se tiverem um. Os “locais” não são aqueles que chegam no Barranco e pedem lombinho com queijo, ou na Caverna do Ratão e pedem bolinho de carne com queijo. Esses pedidos são óbvios para os “locais”. Eles pedem o que ninguém pede, aquilo que julgam só eles saberem da existência. De preferência que não esteja no cardápio. Sentam sempre na mesma mesa e não fazem o pedido. No máximo respondem ao garçom com um “o de sempre”, e, lógico, o garçom sempre sabe. Acompanhados com não locais no local, “os locais” contam sua história como local no local. Chamam o garçom como testemunha, nunca o dono ou o gerente, porque “local” é amigo do garçom. Conhece o dono, se dá com o dono, mas é amigo do garçom. Tem dia certo para ir no bar e adora ouvir do garçom, com público a sua volta evidentemente, por que não veio na semana passada ? Sua glória é quando o garçom arremata: “não veio por que não quis, debitei na tua conta”. Isto é o máximo para o “local”. Acho o máximo ser local de bar. Teve uma época que quase cheguei a ser um na Caverna do Ratão. Chamava o Charles, misto de garçom e de dono, por Charles e, além do chopp que não precisava pedir, comia a fritada (uma espécie de omelete de queijo e presunto, com tomate, orégano e pão de forma) e não o famoso bolinho de carne com queijo, que, eventualmente, também era comido. Saudade da Caverna.

DUNGA FDP

O Victor é um grande goleiro, imprescindível para as pretensões do Grêmio na copa. Com a convocação hoje anunciada pelo Dunga, ficará de fora, além dos jogos do Brasileiro, do jogo de volta com o Caracas e do primeiro jogo das semi-finais, se passarmos. Este jogo será contra Cruzeiro ou São Paulo. O Dunga poderá tirar a Copa do Grêmio, com a convocação de um jogador que será seu reserva. Com três goleiros convocados, talvez nem no banco fique. É dose. Pior é que a convocação foi festejada pelos amarildos da direção. Estão pensando unicamente em futura venda, a copa é menos importante. Falta pressão na CBF, no Dunga e em quem mais for necessário. Não é possível que a CBF desfalque os clubes que disputam a Libertadores impunemente. Dunga poderia ser razoável e convocar para a sua reserva, jogadores que não estão na disputa da copa, mas aí já é pedir demais. Mas se a direção gostou da convocação, não há o que fazer, a não ser lamentar a existência desses amarildos.

FÁBIO KOFF

Recebi um artigo de Airton de Lara Nunes que trata da atuação (ou omissão) do Dr. Fábio Koff como gremista nos últimos tempos. É preciso muito cuidado para criticar esta lenda do Grêmio, mas infelizmente, concordo em grande parte com o Airton. Eis o artigo na íntegra:

Onde está o Dr. Fábio André Koff AGORA!

Koff é o maior dirigente da história do Grêmio. Sempre esteve presente nos momentos mais importantes do nosso tricolor. Mas onde está ele AGORA? O Grêmio foi inquestionavelmente achincalhado pela arbitragem do paulista Wilson Luiz Seneme no último sábado em Belo Horizonte. Será que Koff tomará alguma providência? O apito-amigo de Seneme passou dos limites, foi vergonhosamente explícito, grosseiro, com direito a intimidações e agressões verbais aos atletas, conforme relata o meia Souza. Até a mídia do centro do país consignou a péssima atuação do árbitro. Krieger foi além - e eu concordo. Para o diretor gremista, Cenemi estava “mal intencionado” e deliberadamente disposto a prejudicar o tricolor. Esse é um momento importante da história do Grêmio. Não podemos suportar mais uma série de ultrajes aos nossos objetivos clubísticos a mando sabe-se lá de quem...ABUTRES DO FUTEBOL !!! Corja de nojentos. Eu seria capaz de matá-los todos e dormiria tranqüilo o sono dos justos. A resposta deve ser imediata. Koff com toda a influência política que possui nos bastidores do futebol tupiniquim bem que poderia nos ajudar de alguma forma. Mas onde está ele AGORA? Em 2006 esteve na Copa do Mundo integrando a comissão de cartolas que acompanhou a seleção canarinho, aquela do quadrado mágico que virou piada. Nas eleições para presidência do Grêmio em fins de 2008, apareceu em momento de campanha, e como me consta de maneira não muito amistosa em debate de baixo nível - por parte dele - com o então candidato Antonio Vicente Martins na Rádio Gaúcha. Dias atrás, ele esteve no aterro da beira lago congratulando com o pedalado Fernando Carvalho a vitória do saci pererê em uma disputa do Gauchão que levara seu nome. Aliás, funesto Gauchão o de 2009, que nos sonegou a disputa de grenais no Olímpico, enquanto rendeu dois ao adversário em seus domínios. Tudo bem. Foi necessário aderir àquela formula estúpida para que o Dr. Fábio André Koff fosse homenageado ao intitular o 2º turno da competição, afinal é o maior dirigente da nossa história. Mas onde está ele AGORA depois do que aconteceu no último sábado?

Airton de Lara Nunes.

SENEME COMEMORA COM TARDELI

Wilson Seneme operou o Grêmio no último domingo. A imagem acima carece de comentários é auto-explicativa. Seneme abraça afetuosamente Diego Tardelli no final da partida entre Grêmio e Atlético. Começou cedo a gatunagem.

TE LARGUEI WIANEY

Na jornada esportiva de ontem, o pensador Wianey Carlet disse que o jogo Inter e Flamengo, abstraindo os grenais, era o jogo mais importante dos gaúchos no ano. A Copa do Brasil, salvo entendimento do Wianey, tem sua importância na medida que o campeão classifica para a Copa Libertadores. Trata-se do famoso atalho para a Copa. Conclusão lógica disso é que qualquer jogo da Libertadores é mais importante que qualquer jogo da Copa do Brasil. A manjada manobra de desconsiderar todos os adversários do Grêmio não pode ir tão longe ao ponto de ofender a lógica. Não quero nem falar que o Flamengo perdeu para o Cruzeiro por dois a zero com um jogador a mais desde os quatorze minutos do primeiro tempo. Tampouco que as opções de ataque lançadas pelo Cuca para tentar ganhar o jogo se resumiam ao balofo Obina e ao anão Josiel. Tá de brincadeira o pensador Wianey.

CORONEL DE CAÇAPAVA

Caçapava está sob comando de um Coronel. Eleito é bem verdade, mas não pela maioria, já que conquistou em torno de 1/3 dos votos para Prefeito. A leitura por quem assim se elege, deveria ocorrer pelo inverso, isto é, em torno de 2/3 da população não o queria como prefeito. Tal leitura, entretanto, seria feita pelos humildes, que não é o caso do Coronel, pelo que tem demonstrado. O estado de beligerância da sua relação com a Câmara de Vereadores é resquício da formação militar que possui, onde a hierarquia é tudo e sobre ela não existe qualquer discussão. Deveria entender, que o Poder Executivo Municipal, que representa, não lhe confere poder sobre o Legislativo e tampouco subserviência deste ao seu comando. Cada um no seu quadrado. Trata a Câmara Municipal como se fossem soldados rebelados e, de rebenque em punho, alardeia a “burrice” dos vereadores. Ele é o inteligente, por conseqüência. Falta só o castigo. Não duvidem que ordene aos vereadores ao não aprovarem um projeto maluco qualquer, que “pague” cinqüenta ou cem flexões. A política municipal não estava preparada para a sua vasta experiência como alguma coisa na prefeitura de Lages em Santa Catarina. Pelo que li até agora, o único pecado da Câmara Municipal, foi de se omitir com relação ao fracionamento do valor da obra do asfalto da Rua 15 de novembro, para fugir, como ele próprio referiu na imprensa local em 28 de fevereiro de 2009, do processo de licitação. A lei 8.666/93 veda este ardil, classificando tal ato como crime na forma de seu art. 89. Acho que tal fato deveria ser investigado mais amiúde. Até aqui os vereadores cumpriram bem o seu papel. Não aceitar prato pronto e, no mínimo, discutir projetos, é o que esperamos de nossos vereadores. O truque de jogar para a torcida e colocar esta contra um Poder, pode funcionar para uns, mas por pouco tempo. Em breve esses se darão conta dos equívocos. Os atos do Coronel e os fatos que daí decorreram, foram antevistos pelas pessoas de Caçapava. Todos diziam que haveria constantes trocas de secretários, assim como a briga com o vice-prefeito foi facilmente prevista. Pode ter ocorrido diferenças nas previsões quanto ao tempo de duração das relações, mas quanto ao fato em si, todos acertaram. E não precisa ser vidente ou qualquer outra coisa que valha. Os militares são previsíveis, sabemos das suas limitações, embora eles não possuam noção disto.
Fernando Augusto Silveira Alves

PARABÉNS DIREÇÃO !

Hoje o Grêmio completa 30 dias sem treinador. Incompetência ou convicção ? Um clube que elegeu como sua prioridade a Libertadores, não poderia em meio a ela, ficar todo esse tempo sem um treinador efetivo. Podemos, a favor da direção, afirmar que tal situação é melhor que o Celso Roth. Por outro lado, qualquer tropeço que ocorra na Copa, nesta ou na próxima fase, não poderá ter outro resultado senão a saída de toda a direção, sem exceções. Digo esta e a outra fase, porque a próxima, se contar com treinador contratado, a ele não poderá ser imputado qualquer fracasso, porquanto não terá tempo para impor o seu estilo. Não quero pensar nisso. Um fracasso na Copa neste momento, implicará em campeonato brasileiro prejudicado, sem qualquer perspectiva de título. Espero que a demora seja convicção no treinador a ser contratado. Um que lote o Salgado Filho, unanimidade da torcida e crônica esportiva. Bem, nesse caso teria que ser o Felipão e não acredito que seja nem parecido.