quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

EU E O OLÍMPICO

Eu tenho cinquenta e dois anos e vivi quarenta e um anos frequentando o Olímpico. A minha primeira lembrança do Estádio Olímpico é do final dos anos sessenta quando o Tio Cibico se mudou da Glória para a Rua Teixeira de Carvalho no Jardim Olímpico, aquele morro que fica atrás da parte do estádio que faz frente para a Av. Cascatinha. Da janela do quarto de hóspedes arredando as cortinas se via grande parte do campo de jogo, exceção a uma pequena parte da lateral junto às sociais. Via-se também o gramado suplementar em sua integralidade. Aliás, os dois campos suplementares, o atual e outro que existia em frente ao portão dez. Com a construção da parte superior do estádio em 1979 e 1980, a casa do tio perdeu a visão do campo. O primeiro jogo que assisti no Olímpico foi em 1971, Grêmio e Cruzeiro MG, acho que 1 a 1, que se tornou famoso pelo soco do Everaldo no árbitro José Favile Neto, aliás, merecido. Assisti muitos jogos após esse, me deslocando de Caçapava. Às vezes aproveitando viagens com meus pais e outras com alguma carona de conhecidos. De 1975 ao final de 1983, período em que estudei em Porto Alegre, conto nos dedos os jogos que deixei de ir. Estive em todas as finais importantes nesse período e posso dizer com certeza em qual lugar fiquei em cada um desses jogos. Era um frequentador da Geral, mas assisti da arquibancada superior Grêmio e Ponte Preta em 1981 (semifinal de 1981) e Grêmio e Penharol em 1983. Salvo as cabines de imprensa assisti a jogos em todos os demais lugares do Olímpico, inclusive na Tribuna de Honra com o Linneu e o Tininho, este último servindo de pistolão. Era um Grêmio e Sport de Recife dois a um pra nós. A partir de 1995, novamente em Porto Alegre, então acompanhado dos meus filhos, a frequência ao Olímpico se tornou rotineira e ainda melhor. Antes disso viajávamos para assistir os jogos. O primeiro jogo do Marcelo foi em 1989 num Grêmio e Flamengo que terminou seis a um para nós, com show do Alcindo, aquele “careca cabeludo”. Não consigo me lembrar da primeira vez do Maurício no Olímpico, mas muito cedo com três ou quatro anos ele nos acompanhava. Na cabecinha um gorro e nos ouvidos um chumaço de algodão por causa do foguetório. Mesmo com um pouco de medo dos fogos ele não deixava de nos acompanhar. O Marcelo e o Maurício até nas cabines de imprensa assistiram a um jogo, Grêmio e Flamengo três a um pra nós, numa promoção da Rádio Gaúcha. Sábado de manhã o programa era os treinos no Olímpico. Elegi como gol mais bonito que vi no casarão aquele do André Catimba de bicicleta em 1978 contra o Esportivo, cruzamento do Eurico. O melhor jogador, o Renato, sem titubear. Quanto ao jogo mais emocionante cheguei a um empate: Grêmio e Penharol em 1983 e Grêmio e Portuguesa em 1996. O desempate a favor de Grêmio e Portuguesa se deu porque nesse eu estava acompanhado do Marcelo e do Maurício, meus grandes companheiros. De lá para cá as conquistas se escassearam, mas não as emoções. Cada jogo no Olímpico era como se fosse uma final de campeonato. Lembro muito mais dos jogos que ganhamos com dificuldade do que aqueles que ganhamos de goleada. No Olímpico aprendemos que um carrinho bem dado é mais bonito que um balãozinho fortuito. Aprendemos também que uma derrota não faz diminuir o sentimento. É o que diz uma das letras da Geral: “Mesmo não sendo campeão o sentimento não se termina”. No Olímpico vibrei muito, chorei, xinguei e até briguei. Falei muitas bobagens e fiz rir aqueles que estavam ao meu redor. O Olímpico era nossa casa e ali fui muito feliz. Que venha a Arena, mas jamais me esquecerei do nosso Olímpico, o Monumental.



sexta-feira, 31 de agosto de 2012

ELEIÇÕES EM DEZEMBRO

Em outras postagens já critiquei a existência de vários grupos políticos que integram o conselho do Grêmio. Entendo como prejudicial ao clube tamanha divisão, porque para o gremista o bem do clube deveria estar acima de grupos ou de vaidades pessoais. Em época de eleição para a presidência é natural que as diferenças apareçam e isso, queiram ou não, reflete diretamente no vestiário. A Comissão Técnica e a direção de futebol são cargos de confiança da diretoria e a instabilidade causada pela disputa atinge diretamente o comando de futebol, que não sabe ao certo o seu futuro. O time faz ótima campanha no Brasileiro enfim se encontrou e a possibilidade de título passou a ser real. Da mesma forma a Sulamericana é outra possibilidade. É certo também que o atual Grupo é experiente, assim como a Comissão Técnica, mas é também certo afirmar que uma eleição pode provocar estragos no campo de jogo. Tudo isso para falar que a proposta do Grêmio Independente é sensata e responsável, na medida em que sugerem o adiamento da eleição para dezembro, quando já encerradps os campeonatos. O foco, admitindo essa possibilidade, fica voltado somente para o futebol, nada de lavação de roupa suja ou de discussões interminpáveis de quem fez mais pelo clube. Parabéns aos proponentes que entenderam a necessidade de pacificação na política para conquistarmos vitórias. Espero que os demais tenham o mesmo despreendimento.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

PAULO SANTANA UM MAU GREMISTA

Não li a coluna do Santana na ZH de hoje. É bem verdade que nunca leio esse colunista. Li o blog dele por curiosidade dado ao debate estabelecido no Sala de Redação com o Cacalo. O título é o seguinte: Marcelo Grohe um Goleiro Inferior. Na coluna citada disse coisas assim: "Pois bem, quando Cacalo elogiou erradamente Marcelo Grohe no jogo do Morumbi, pedi a Cacalo que me desse três meses para provar que Marcelo Grohe não é goleiro para a estatura do Grêmio". Ou como essa bobagem: "Marcelo Grohe foi o responsável primeiro e único pela derrota ontem". Falou outras gaiatices escorado na sua megalomania, que não se deve levar em conta. Entretanto, o Santana escreve no Jornal mais lido do Estado e sua coluna inacreditavelmente é uma das mais lidas. Não pode ser cruel desta forma com um jogador sério que não tem nada de inferior, ao contrário, a maioria da torcida o queria há tempos como titular do time, mesmo com o Victor no elenco. Tamanha insanidade não poderia ficar sem resposta e fiz a minha parte enviando ao blog o seguinte comentário: "Oportunista e desproporcional a crônica do Santana a respeito do Grohe. Oportunista porque na primeira falha do goleiro como titular lhe é arremessada uma crítica cuel, desumana até, a respeito desse nosso goleiro.. Desproporcional porque são 11 jogadores no time e somente a um foi debitada a derrota. Injustiça suprema, insana. Não é gremista quem em todo início de campeonato diz que o Grêmio será rebaixado e o Inter campeão. A propósito, quando a compulsória pegará este cronista que nada tem a acrescenter, principalmente em assuntos do Grêmio ?" . A resposta do blog quanto ao meu comentário foi que estavam aguardando moderação, ou seja, meu comentário foi CENSURADO. O colunista pode dizer todas as merdas do mundo, mas não pode ouvir um comentário desfavorável à sua opinião. Na verdade nunca gostei do Paulo Santana e nunca o tive como um ícone do Grêmio. Confesso que nos bons tempos onde éramos campeões me incomodava a volta olímpica desse jornalista. Sempre deu pau no Grêmio atingindo seus dirigentes e jogadores de forma cruel e implacável e na hora dos louros lá estava para receber aplausos da torcida. Não gosto desse cara e acho uma má pessoa. Em todo início de campeonato vaticina que o Grêmio será rebaixado e o Inter campeão. É um mau gremista e suas idéias sobre futebol são inutilizáveis, principalmente quando se manifesta sobre o Grêmio. A RBS que tem uma política de aposentadoria compulsória aos 70 anos, aplicando-a em bons jornalistas como Jaime Copstein e Ruy Carlos Ostermann por exemplo manteve essa mala em seus veículos, infelizmente.




quinta-feira, 31 de maio de 2012

APRONTARAM DE NOVO

A paixão por um clube de futebol faz a gente cometer erros que em outras situações da vida não seriam cometidos. Quando no final de 2010 se falava em Ronaldinho no Grêmio cheguei a escrever que nós o perdoávamos e que seria bem vindo por aqui. Perdoei cedo demais e me arrependo disso, porque esses dois Moreiras não merecem qualquer consideração. No Flamengo ele jurou amor eterno e os enganou por um ano e meio com aquele futebolzinho de circo de quinta categoria. Rosto virado para um lado e toque para o outro, comemorações em gols (de penalti a maioria) com coreografias bem ensaiadas ao estilo carioca e noite, muita noite. Não conseguiu, no entanto, enganar por todo o tempo, caindo em desgraça com a torcida, que se encheu de muita enrolação e zero de efetividade. Por um ano e meio recebeu mais de R$ 12 milhões de reais. O clube, segundo seu irmão e comparsa, lhe deve em torno de R$ 5 milhões. Agora, como uma crônica de final anunciado, os dois salafras rompem abruptamente com o Flamengo e pleiteiam uma indenização de R$ 40 milhões. Se ganhar e, em se tratando de Justiça do Trabalho é provável que ganhem, terão amealhado mais ou menos R$ 50 milhões de reais em 17 meses. Quase R$ 3 milhões por mês. Em todos os clubes que passaram, exceção ao PSG, saíram rompidos exigindo mundos e fundos. Foi assim no Grêmio, Barcelona, Milan e agora no Flamengo. Para o Flamengo, acreditem, mesmo com o risco de pagarem um valor extraordinário será vantajoso, pois agora terão patrocinadores que não não queriam ter as suas marcas associadas a esse tipo de gente. Eles já não podiam sair desacompanhados aqui em Porto Alegre, agora não poderão sair mais no Rio e lá é muito pior. Gastem toda essa grana em condomínios cercados de jagunços. Bem feito para esses canalhas.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

É cedo eu sei.

Em primeiro lugar um ótimo 2012 para os meus dois ou três leitores. pelo que indica o início do ano futebolístico, será mais um ano doloroso para nós gremistas. É cedo eu sei, mas as ótimas contratações do Kleber e do Moreno nos encheram de esperanças, todavia o que se viu doravante foi mais uma série de trapalhadas da diretoria. No mesmo dia em que a imprensa anunciou que o D'alessandro estava saindo da beira do rio, houve o anúncio que três diretores do Grêmio estavam na Espanha para repatriar o Giuliano. Duas ótimas notícias. Mas não é que o deles ficou e o nosso não veio. Não dá pra acreditar na incompetência e em diretores (remunerados ou não) falastrões. É cedo eu sei, mas o time do início da temporada é pior que o de 2011, com exceção do ataque. pra mim temos seis titulares: Victor, Mário, J. Cezar, Fernando, Marcelo Moreno e Kleber. Ótimos jogadores, uma baita base pra um time que quer ser campeão de alguma coisa. Mas faltam zagueiros, no plural sim, pois os que estão aí, nenhum serve pra titular. O intocável Grolli na melhor das hipóteses não está preparado para jogar no Grêmio. Marco Antonio e Marquinhos não podem ser os armadores de um time com pretensões de vitórias. Falta muita coisa, inclusive um técnico, porque o Caio se não cair agora cairá logo ali na frente, é perda de tempo. Só fala em estatísticas e Barcelona, que os resultados não importam. O que importa então? Pelas estatísticas do jogo tivemos mais posse de bola, tivemos mais chances de gols, mais escanteios nosso massagista foi mais rápido do que o deles, a arena tá quase pronta etc., mas estamos em quinto numa chave do Gauchão. Isto não é possível mais. Chega de amadorismo, queremos planejamento já.