quarta-feira, 4 de novembro de 2015

LIGA SUL-MINAS-RIO

Há muito tempo considero a imprensa esportiva do Rio Grande do Sul de baixíssimo nível. Leio dois jornais impressos por dia, escuto muito rádio e me utilizo da internet para me atualizar sobre as notícias em geral. Me prendo mais naquelas referentes ao futebol, porque é o assunto que mais me interesso, especialmente em tudo o que diz respeito ao meu clube de coração, o Grêmio. Preciso antes de expor minha ideia sobre esse tema, dizer que a Rádio Guaíba desde a contratação de Nando Gross vem se tornando diferente das demais, praticando um jornalismo mais livre e por consequência mais inteligente, menos adstrita a uma linha editorial imposta de baixo para cima. Não preciso dizer que mudei de rádio. Sobre a linha da RBS não posso dizer o mesmo. Há uma nítida cartilha a ser seguida por seus jornalistas, especialmente quanto a novíssima Liga Sul-Minas-Rio. Aquilo que antes era tido como um avanço para o futebol, o afastamento da corrupta CBF e a organização pelos clubes dos campeonatos disputados, passou a ser criticado veementemente pelos veículos da RBS, naquilo que no momento é menos importante para a Liga, a organização da tal Copa Sul-Minas-Rio. E isso porque a referida empresa de comunicação é dona do falido "charmoso Gauchão. Teme que a disputa da Copa concomitantemente com o Gauchão, traga prejuízos a esse pela utilização de times de reservas ou sub alguma coisa. Em seus horários nobres advertem a dupla Grenal que a metade do seus associados são do interior do Estado e que poderão perde-los. E o que isso tem a ver com o Gauchão? São sócios não porque querem ver Grêmio e Inter em suas cidades, que na verdade são meia dúzia, mas porque assistem jogos na Arena ou no Beira-Rio. Basta ver a quantidade de Ônibus do interior estacionados próximos aos estádios em dia de jogos. O propósito da Liga, além de organizar os seus campeonatos, é a união dos clubes de forma a enfrentar a CBF e sua corja e no futuro, quem sabe, receber a adesão principalmente dos clubes paulistas. A tal Liga é o embrião de uma nova forma de organizar o futebol no Brasil e esta é importância da associação. Contraria interesses de quem detém os direitos de transmissão dos campeonatos regionais falidos, mas uma hora esses certames deveriam ser repensados. Azar da RBS e de seus paus mandados. A imprensa paulista, especialmente os canais fechados, saúdam essa iniciativa e nem fazem parte dela, mas esse jornalistas podem expressar livremente a sua opinião. Eu tenho inveja da imprensa esportiva de São Paulo.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

GRENAL 407 - DIA DOS PAIS


O dia amanheceu perfeito. Céu azul sem nuvens, temperatura alta, não parecia um dia de agosto. Era dia dos Pais, pensei muito no meu que já se foi. A perspectiva era das melhores. Almoço no Barranco com os meus filhos Marcelo e Maurício mais a minha mãe. Depois uma sobremesa na minha irmã e fomos para a Arena torcer pelo Grêmio. Não precisava de mais nada. Só a parceria com os filhos era suficiente. Há quanto tempo não íamos a um jogo do Grêmio juntos? Na Arena havia um clima de Olímpico, uma coisa diferente no ar, no semblante de cada gremista, era a certeza da vitória. Estádio cheio e cantos entoados que retumbavam em nossos ouvidos. Times perfilados para o Hino Nacional, mas o que se ouvia era o “Eu sou borracho sim senhor e bebo todas que vier...”, manifestando que o Grêmio é o único amor. No campo esportivo por óbvio. O jogo começou e só nós jogamos, do começo ao fim. Bola de pé em pé a procura de uma brecha para concluir a gol. Pênalti para o Grêmio. Douglas chuta e erra, a torcida, no entanto, não para de cantar  como que sabendo que uma hora o gol sairia. E aconteceu 1,2,3,4, 5 vezes no gol deles, impiedosamente. Giuliano, Luan duas vezes, Fernandinho e o Réver contra, que no fundo é nosso. O Juiz respeitosamente dá apenas um minuto de acréscimo ao final da partida, ao ver um time destroçado implorando o final do jogo. Entre os jogadores não dá para eleger o melhor em campo, talvez o Luan que é craque e jogou barbaridade. Na real o melhor estava no banco: ROGER, o cara que transformou esse time. E também o Presidente Romildo, por tudo que vem fazendo. Foi o melhor Dia dos Pais que já passei com meus filhos.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

QUE COISA BEM FEITA


A desclassificação do Inter para o Tigres foi uma derrota da arrogância institucional do clube. Não dava mais para aguentar tamanha fanfarronice nas declarações oficiais, principalmente do parlapatão maior, o Presidente Píffero. A torcida, então, embarcou junto julgando ter o melhor time, o melhor grupo, o melhor técnico, o mais elaborado esquema tático, o pau maior e etc.. Alguns (poucos) analistas da praça vaticinaram a tragédia, no que eram rechaçados pelos volantes colorados da imprensa, que não admitem nada que desabone o time ou o clube. O medo de vê-los ganhar, em uma época de vacas magras para nós, também nos impediu de ver a falta de competividade do time deles, essencial na Libertadores. Um time comum, um elenco da mesma forma comum, despreparado no aspecto físico. Aquilo que a imprensa vendia como novo, o rodízio de atletas, a falta de definição de titulares, era um embuste apelidado de futebol moderno. Não enxergávamos o óbvio pelo pessimismo exacerbado em achar que o nosso sempre vai dar errado e o deles sempre dará certo. Bobagem de torcedor e secador. Para a nossa sorte, mesmo sendo eles derrotados sem piedade, o presidente bobalhão ao final do jogo já tratou de fustigar o Grêmio e dizer que a diferença de dez pontos para o líder no brasileirão não é nada, meio que se candidatando ao título. Devem até as calças, mas continuam com pose de ricos. Sem a Copa terão que se virar para cumprir os compromissos financeiros. Enquanto isso a sua torcida, solidária apenas em vitórias, terá que lamber as feridas. Olha o fantasma da B aí gente!

terça-feira, 19 de maio de 2015

O SAPO ENTERRADO

O pedido de demissão do Felipão não deveria ter sido aceito pela diretoria. O Felipão não pode sair do Grêmio. Então que não fosse contratado lá atrás. Nós temos sido tão castigados nesses últimos tempos que até isso acontece. Essa frustração da perda do ídolo, somados ao problema do Estádio e à pindaíba reinante, nos tira o chão e a vontade de lutar. A primeira providência depois deste terremoto de notícias desanimadoras deveria ser descobrirmos onde esse sapo está enterrado. Um mutirão de nove milhões de gremistas atrás do sapo enterrado, para só depois continuar. Não é hora de demissões e muito menos de contratações. Pediremos à CBF uma suspensão de nossos compromissos esportivos. Não jogaremos até encontrarmos o sapo. É isso.

terça-feira, 14 de abril de 2015

PRESIDENTE ROMILDO

Mesmo um pouco atrasado sobre a polêmica da arbitragem do Campeonato Gaúcho, penso que o assunto ainda é relevante, razão pela qual me atrevo a discorrer brevemente sobre o assunto. Em primeiro lugar quero enaltecer a categoria do nosso Presidente Romildo ao abordar esse espinhoso tema, quando após o jogo ante o Novo Hamburgo,  com voz firme e resoluta, enfrentou o clubismo do Presidente da FGF ao chamar a atenção para a atuação deste nos episódios "Chico Colorado" e "Fabrício". Disse o nosso dirigente que essas atitudes somadas aos erros de arbitragem sempre a favor do nosso adversário, colocavam o campeonato em perigo e que estava atento aos acontecimentos. Precisava dizer o que disse, pois a coisa andava muito solta para o lado da FGF. Me senti representado pelo Dr. Romildo, a quem já estava admirando pela administração sóbria que empreende à frente do Grêmio. Se o Presidente não se manifestasse institucionalmente como fez, esses fatos não seriam lembrados pela imprensa chapa branca (leia-se RBS), porque não há o interesse comercial em criar suspeitas sobre a condução do campeonato. Seria considerado pelos cronistas apenas mais um chororô do Grêmio. Pedro Ernesto chegou a escrever o texto "Até tu Presidente?", como se todos os favorecimentos ao Inter fossem apenas uma paranoia de seus adversários. O "charmoso" Gauchão é um produto da RBS, logo toda crítica ao seu funcionamento é direcionada diretamente a eles, parceiros da FGF. Por isso a defesa intransigente do indefensável da Rede no farto espaço concedido ao futebol em todas as suas mídias. Não fosse assim, ou melhor, se houvesse liberdade editorial, por certo até mesmo jornalistas de outras áreas criticariam as manifestações do Noveletto diante do episódio Fabrício. Ele primeiro negou a ocorrência da injúria racial, mesmo que estivesse longe dos fatos. Depois, admitindo a  ocorrência, afirmou que a culpa era do jogador em razão de seu comportamento. Ora isso é o mesmo que justificar um estupro pela minissaia da vítima. As declarações infelizes e preconceituosas do Noveletto seria motivo de sua renúncia, ou pelo menos de uma ampla discussão pública, que foi sonegada por interesses comerciais. Charmoso é o caralho.


sexta-feira, 13 de março de 2015

CHICO COLORADO

A imprensa no episódio "Chico Colorado", sem nenhuma surpresa, ficou ao lado do árbitro. Não há mérito algum em chutar o Chico, um simples árbitro  da Federação Gaúcha. Ao contrário, falar mal do Felipão concede ibope ao falastrão, haja vista a repercussão nacional do episódio. Ricardo Maurício Prado chegou a falar na Fox que estava na hora da aposentadoria do Felipão. Por aqui os medíocres de sempre capitaneados pelo intragável Wianey Carlet, sempre torceram por insucessos do Felipão. Até o idiota do Saraiva desceu do muro para se posicionar ao lado do Chico. E isso é facilmente explicável, nosso maior treinador nunca deu bola para essa crítica contumaz e pessoal praticada contra ele. Felipão não é amiguinho da imprensa como outros e, pelo que se sabe, também não é chegado a distribuir "jabá" para ser elogiado. Pedro Ernesto et caterva o criticam sistematicamente. Essa conduta parece até linha editorial de alguns programas. Mas o que importa para nós é que temos o Felipão e devemos a eles toda nossa devoção. Essa imprensa gaúcha é o cocô do cavalo do bandido e o melhor que temos a fazer é não escutarmos essa cantilena orquestrada e movimentarmos o dial do rádio. A 90.3 é uma rádio de gremistas e tem boa programação. Agora que o Chico é colorado não há dúvidas. E o que é pior, colorado dos chatos.

terça-feira, 3 de março de 2015

PINDAÍBA TRICOLOR

Há muito deixei de escrever aqui no blog porque estou desencantado com os rumos do meu clube. Continuo indo a todos os jogos na Arena. Sento quieto na minha cadeira e não me manifesto, muito menos pra vaiar ou criticar técnicos ou jogadores. É puro desencanto. Acostumamos a não ganhar e aceitamos resignados os resultados pífios. Contratamos por um caminhão de dinheiro jogadores em final de carreira já manjados por outros clubes. Os nossos, ao contrário, não valem nada quando são vendidos ou emprestados. Eleições no clube servem só para nos iludirmos um pouco mais. Votamos em nomes fortes com história no clube e que nos prometem um estádio exclusivamente nosso, mediante a compra ( segundo os candidatos, já praticamente fechada). Prometem ainda continuar a frente do futebol se elegerem o seu candidato. Contudo no início do ano esportivo, hora de compras e vendas, o cabo eleitoral que já elegeu o seu candidato, descansa no litoral sem interferir nos negócios. O time está em liquidação. Para ser vendido basta fazer dois gols em um jogo. Barcos foi o primeiro, dois gols contra o U. Frederiquense e é exportado para a China, em troca de quitação de uma dívida. O nosso capitão custou uma fortuna, quase vinte milhões se falava na época. Depois foi a vez de Moreno: dois gols contra o Avenida e também é exportado para a China. Enquanto isso, Kleber, Edinho e Adriano engordam no CT. Não existem receitas, logo, salvo milagre, a pindaíba vai continuar. Daí se estabelece um impasse: sem investimento no futebol não tem como motivar torcedores a se associarem, única forma possível (segundo os dirigentes) de colocar um pouco a mais no caixa. Por mais fiel que seja a torcida, enche o saco jogar de igual para igual com esses times ruins e paupérrimos do Ruralito. Hoje conversei com um amigo que abandonou duas cadeiras na Arena. Me disse ele que enquanto não se nominar os responsáveis e puní-los por esta situação, não retornará. Eu, ao contrário, sigo lamentando sentado na minha cadeira. Mas haja paciência e paixão.