quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Meu Filho Marcelo, como eu, um inconformado com o novo jeito do Grêmio, escreveu em seu blog www.tunelnofimdaluz.blogspot.com o artigo abaixo após o jogo contra o Vitória, que eu assino embaixo:

AUTUORI É CHARLATÃO

Aos 38min do 2º tempo, após uma atuação pífia do Grêmio, Jonas, num bonito chute, empata a partida com Vitória. Ao invés de buscar a bola no fundo da rede e correr para tentar virar a partida, Jonas sai correndo, alegremente, e faz uma dancinha ridícula para comemorar o gol. Creio que tal cena simboliza o triste momento que vive o Grêmio.Autuori é charlatão. Por um curto momento até me enganou, um intelectual do futebol, de fala bonita, dizia que o time estava assimilando algunxxx conceitoxxx. Não passa de um enganador. Não entendeu ainda que Tcheco é o principal jogador do time do Grêmio. Não sabe a lição básica do futebol, que aprendemos no primeiro dia da escolinha: é a bola que tem que correr, não o jogador. Tcheco faz a bola girar, passa quase sempre de primeira, é um dos jogadores que mais gosto de ver jogar. Souza e Douglas Costa, ainda que pareçam mais talentosos, são conduzidores de bola, de visão curta. Movem uma usina para acender um fósforo. Rochembach, recém chegado, demonstra um futebol bonito, que por um momento até parece eficaz, mas desconfio que se encaixe naquela classe de jogadores que têm muita categoria e pouco futebol. Ao inventar, tirar Tcheco do time, promover a estréia de Rochembach e improvisar Túlio - jogador mais meia-boca que já vi - na lateral, Autuori desconfigurou o meio-de-campo de Grêmio, que errou passes e mais passes.
Mas equívocos táticos do treinador são corrigidos durante a partida por jogadores inteligentes, quem já jogou futebol e teve um treinador sabe que o posicionamento tático, a definição da marcação, as passagens, a ocupação dos espaços, são ajustados dentro do campo, aos gritos, pelos próprios jogadores. O problema é o "espírito" que o Autuori passa ao time, espírito esse que é o mesmo da direção e do presidente fashion-herdeiro-bunda-mole. A atitude de Jonas é sintoma desse espírito. A queda brusca na média de torcedores nos jogos do Grêmio é consequência desse espírito.
O termo "boleiro" é utilizado para designar a cultura dos jogadores de futebol, que compartilham de uma linguagem e de uma moda própria, aspirações parecidas, problemas semelhantes. Rotina, concentração, brincadeiras. Intelectuais do futebol não são boleiros. Autuori não é boleiro, não fala a língua dos jogadores, não os motiva, creio que os jogadores sequer entendem o que ele quer dizer quando fala rebuscadamente na preleção.
Concordo com meu pai: Duda Kroeff aguardou tanto tempo para contratar Autuori pois queria um companheiro para beber um whiskinho no final da tarde no Country Club...

terça-feira, 15 de setembro de 2009

PARABÉNS À VOCÊ GRÊMIO

Outro dia estava tentando me lembrar da primeira lembrança que tenho como gremista. Cheguei à conclusão que foi escutando um grenal pelo rádio, possivelmente pelo Pedro Carneiro Pereira, que ganhamos por quatro a zero. Era 1968 e eu estava em Cachoeira do Sul visitando a Fenarroz. Eu tinha sete pra oito anos. Claro que já nasci gremista, meu pai é gremista e era o início da década de 60, com infinita superioridade do Grêmio. Meu primeiro ídolo foi o goleiro Alberto, que,me lembro, jogava de azul. Eu tinha uma camiseta tricolor com o número 9, possivelmente pregado pela Tia Bica e uma branca com gola e uma costura na manga em azul, com o escudo do Grêmio. O pai comprou na Casa Cauduro na José Montauri em Porto Alegre. Quando vinha à Porto Alegre, parava na casa do tio Cibico (Rua Teixeira de Carvalho), que a partir dos anos 70 morava no Jardim Olímpico, no morro à direita da cascatinha, onde, com o binóculo do Tio, acompanhava os treinos do Grêmio, já que não havia ainda o anel superior para encobrir a visão. Me lembro de ter ido a um Grêmio e Santos e a um Grêmio e Cruzeiro, aquele do soco do Everaldo no Juiz, no ano de 1971. Em 1975 vim estudar em Porto Alegre e não perdi mais jogos do Grêmio. Mesmo quando retornei à Caçapava em 1984, não deixei de assistir aos jogos no estádio. Meu primeiro filho,Marcelo, nascido em 1984, com quatro ou cinco anos anos já viajava comigo para ver o Grêmio e nunca mais parou. Quando o Maurício começou ir aos jogos, já morávamos em Porto Alegre novamente. Nós três somos sócios há muito tempo. Talvez este tenha sido o maior legado que dei a eles: a paixão pelo tricolor. São fanáticos, críticos, mas acima de tudo torcedores fiéis. Gosto do Grêmio acima de tudo - "mesmo sem ser campeão o sentimento não se termina". Na minha escala sou Gremista, Caçapavano, Gaúcho e Brasileiro, nesta ordem. Pelo Grêmio (além da família) me animaria a brigar. Estou triste com nosso momento. Não temos expectativa de sermos campeão, o time não empolga, perdeu a sua característica e, principalmente, perdeu em torno de 15 mil torcedores por jogo. A torcida sempre fez a diferença. Fomos nós que lançamos a febre de usar a camiseta em qualquer momento e fomos nós que criamos um jeito diferente de torcer no estádio, com apoio incondicional e o tempo todo. Infelizmente esta diretoria está matando a relação time-torcida, isto é, o time representar no campo a vontade de ganhar demonstrada nas arquibancadas, e vice versa, a torcida enlouquecer pela forma de jogar do time. Mas temos que comemorar esta data, porque esta diretoria e este time vão passar e o Glorioso Grêmio, viverá em sua imortalidade.Parabéns GRÊMIO pelo teu aniversário.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

DIREITO DE RESPOSTA

O Marcelo Padilha, meu colega, tentou mas não conseguiu postar um comentário sobre o artigo "Dunga Amigão". Eu pedi a ele e estou postando aqui. Depois ele escreveu também sobre o que eu havia falado sobre ele. Abaixo, na íntegra, os comentários do Marcelo Padilha:

- Infelizmente, o nosso blogueiro fez algumas manifestações que não condizem com a realidade, ao aduzir que o volante Sandro foi convocado para a seleção principal para aumentar o valor do seu passe e, por conseqüência o Inter lucraria com a futura venda do atleta, o que não se coaduna com a realidade/verdade, já que o atleta está lá por seus méritos, por ser um dos melhores, senão o melhor da posição no Brasil atualmente. Cumpre destacar, que o Inter não se presta a este tipo de ardil para realizar negócios e/ou contratos, pois os jogadores são contratados ou convocados por suas qualidades, bem como para honrarem a camisa vermelha, divulgando o nome do clube no país e no mundo, para que se torne esta força que é e sempre foi, tornando-se um exemplo de administração e organização com 100 mil sócios, inúmeros títulos, enfim uma entidade bem administrada, que serve inclusive de modelo à instituição pela qual ele tanto se orgulha; Outrossim, quero que ele me responda? o goleiro dele foi convocado pra seleção para o time dele vendê-lo ou por sua qualidade e competência? Esta é a pergunta que não quer calar. Portanto, totalmente infeliz as afirmações do blogueiro que é uma pessoa de capacidade intelectual extremada e grande profissional no mundo jurídico, todavia estas colocações foram fora de contexto e, que não condizem com a realidade fática.
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Quero avisar ao nobre blogueiro que a história de que o Inter não deseja a liberação dos jogadores da seleção para valoriza-los, não é esta espraiada aos quatro ventos por Vossa Senhoria. Ocorre, que outros times conseguiram manifestaram-se requerendo a liberação em razão de informações privilegiadas no sentido da convocação, o que acabou prejudicando algumas equipes que estão disputando a ponta de cima da tabela. O Grêmio, o qual o blogueiro diz sempre ser prejudicado politicamente, conseguiu a liberação do seu jogador através de notícias privilegiadas repassadas por um empresário com trânsito no clube e na CBF assim como o Corinthians, portanto inexiste esta história de desleixo ou inércia proposital do Internacional como quer fazer crer o criador do Blog.

Att: Marcelo Soares Padilha

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Marcelo Padilha Colorado

Eu tenho um colega de escritório que é colorado praticante, o Marcelo Padilha. Ele tentou postar um comentário sobre o que escrevi a respeito do Dunga Amigão do inter, mas não conseguiu. Vou pedir pra ele e postá-lo. Ele dizia que o inter não utiliza esse tipo de ardil, que é um clube maior, etc. etc.... Papo de colorado. Eu respeito muito o Marcelo, mas contra fatos não existem argumentos. Agora eles, para o público em geral, querem (mas não querem) a dispensa do Sandro e do Giuliano da seleção sub-20. Para quem foram pedir ? Para o Dunga, é claro. Mas o Dunga não é o treinador da sub-20, não tem nada a ver com esta seleção, mas é o embaixador do inter na CBF, isto está claro. O Marcelo acredita em tudo o que o Fernando Carvalho diz. Até hoje não sei a opinião dele sobre o DVD antes da final com o Corinthians, ele tergiversa sobre o assunto. Tá feliz o Marcelo com o seu time, se preocupa se vai ter público ou não no beira-rio, sabe tudo da recuperação de jogadores e com quem o Tite contará. Acha que o Inter está mesmo tentando a dispensa do Sandro e do Giuliano. Acredita que o inter queria o Fernandão de volta e que tentou recontratá-lo. O Marcelo é um baita cara, mas tá igual a Velhinha de Taubaté.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

SAUDADE DO VELHO GRÊMIO

Ontem assisti o DVD '1983 O Ano Azul' que ganhei dos meus filhos no Dia dos Pais. O DVD se divide em depoimentos e lances de algumas partidas da Libertadores e um compacto maravilhoso do jogo no Japão. Para mim que assisti no Olímpico as partidas da Libertadores e pela TV o jogo do mundial, o sentimento é de saudade e muita nostalgia. O time no Japão era muito guerreiro. Tinha consciência que enfrentava a base da seleção da Alemanha na época -jogadores arrogantes que, mesmo no mesmo hotel, passavam com o nariz empinado para os nossos - mas entraram sem medo e com uma vontade tal, que não perderiam aquele jogo em hipótese alguma. O técnico Hapel (se não me engano) se negou a ser fotografado ao lado do Espinosa. Fizemos o primeiro gol no primeiro tempo e sofremos o empate no final do segundo. A prorrogação era para ser do Hamburgo, com moral pelo empate aos 40 d0 segundo tempo. Aí tu ouve o depoimento do De León, China, Osvaldo, Renato, Baidek, Mário Sérgio e do técnico Espinosa e descobre porque ganhamos. Os caras não se entregariam de jeito nenhum. De León no final da partida falava para o time: Eles não vão mais cabecear na nossa área. E não cabecearam. China, agora reconheço, era um baita volante e jogava na meia cancha onde só ele era marcador de carteirinha. Osvaldo, Mário Sérgio e Caju não eram bem marcadores, mas armadores de grande qualidade. Mário Sérgio foi um maestro e jogou uma baita partida. Tinha atitude, quando sentiu que Caju não estava desempenhando bem a função, trocou com ele, não esperou o leite derramar. Renato, marrento na medida certa (tem que ter alguém assim), estraçalhou. teve caimbras, voltou e decidiu. Deu balão lá atrás e enloqueceu a defesa deles. Que time ! Quanta atitude. Baidekão tirou tudo lá atrás, chegou junto com quem estava incomodando e fez o cara ir armar no meio campo. Antes do jogo em um treino, Caju reclamou de uma entrada do Renato e fez chororô, Renato foi até ele e disse se ele fizesse aquilo no jogo ele ia tomar porrada. O grupo sabia o que queria e jogou com muito futebol, mas com muita alma agregada. Dá gosto de ver o DVD. Pena que essa característica está sendo esvaziada aos poucos. É como se trocasse nossa camisa tricolor por outra qualquer, se inventasse outra bandeira ou alterasse a letra do hino. Continuo indo ao estádio, mas mais de 15 mil pessoas por jogo deixaram de ir. Vamos acabar igual aos outros, farinha do mesmo saco, sem o diferencial que metia medo. Que saudade do velho Grêmio!