Os donos do Gauchão estão tentando de tudo para salvar esse campeonato falido. Para não dar razão ao Grêmio, que pediu árbitro de outro estado para o Grenal, minimizam os acontecimentos do último clássico. A covarde e criminosa agressão do Willian no Bolaños, foi descrita como um lance "infeliz" de jogo, praticado sem maldade. Imaginem se fosse aplicado aquele cotovelaço com maldade, o que ocorreria. Desculpem a minha insistência e implicância, mas novamente no Sala, as manifestações da bancada dos Gremistas, foram tidas como tentativa de grenalização de um fato corriqueiro no futebol. Não é. O William, que pediu para que fosse levado em conta o histórico dele para provar que não houve maldade, deu um tiro no pé, pois diversos outros vídeos surgiram com a mesma agressão. O mesmo movimento bruto com o braço esquecido para trás no rosto do adversário. Ainda bem que essa minimização ocorreu somente aqui. Em canais do centro do país o fato foi comentado como de fato ocorreu, como agressão injustificada, mais ainda por ser no início do jogo onde os ânimos não deveriam estar tão exaltados. O Juca Kfouri mais moderado desta vez - em outra oportunidade mencionou que o Argel mandava bater - disse que essa conduta vem de dentro, mais precisamente da preparação psicológica para o jogo. A famosa faca entre os dentes, o sangue no olho, o anti-futebol. Por aqui a coisa fica como mais um chororô do Grêmio, quando, na verdade, ocorreu no clássico, com arbitragem da FGF, o que se previu. Não vai acontecer nada de mais grave ao Willian, porque o Inter e a FGF, parceiros de longa data, não deixarão. Temo que o Bolaños ainda seja punido por atirar o seu rosto em direção ao cotovelo do 6 do Inter. Mais ou menos como a análise da lesão do jogador do Juventude que se atirou em direção ao Allisson.
terça-feira, 8 de março de 2016
quinta-feira, 3 de março de 2016
DE NOVO A IMPRENSA XAROPE
Duvido que exista uma imprensa
esportiva mais xarope que a do Rio Grande do Sul. Quando falo em imprensa estou
generalizando, mas poucos jornalistas são exceções nesta regra. É bem verdade,
também, que em nosso meio há nitidamente um monopólio da RBS em todas as
mídias. Na rádio, porém, há uma forte
reação da Guaíba, que é muito melhor que a Gaúcha. A linha da Guaíba é mais
descontraída, muito mais alinhada com uma nova comunicação mais interativa, sem
filtros com a crítica manifestada pelas redes sociais. A programação das duas
maiores rádios é muito parecida, quanto a conteúdo e horários, o que as diferem
é o componente humano. Na Gaúcha existe uma linha editorial dura, chapa branca,
em defesa intransigente de instituições como a FGF e seu falido Gauchão.
Inovações como a Primeira Liga, embrião de um novo conceito em gestão de
futebol e seus certames, são recebidas como “ronha” dos clubes que sequer
conseguem administrar os seus interesses, quanto mais administrar uma Liga, na
uníssona e treinada voz de alguns cronistas como Wianey Carlet e Pedro Ernesto,
para citar alguns mais expressivos. Esses dinossauros preferem as Federações e
o status quo reinante a experimentarem
uma nova ordem no futebol. Claro que há interesse da corporação que os empregam
por trás de suas opiniões, porquanto o “Charmoso Gauchão” é um produto da RBS.
Como esse posicionamento firme e disciplinado qualquer atitude dos dirigentes
no sentido contrário, como críticas à arbitragem, às escalações dos árbitros,
ou outra qualquer que atinja a FGF ou a seu digníssimo presidente, são
encaradas como ranços ou como grenalizações baratas. A defesa dessas
instituições é forte. No sala de hoje (03/03/16) se considerou como ronha o
pedido do Bolzan para arbitragem de fora no Grenal. Nessa o Guerrinha entrou
também, embora de maneira contraditória: Disse que deve ser arbitragem Gaúcha
porque o campeonato é Gaúcho, alegando que nossos árbitros são escalados para
jogos de outras Federações. Ora, se apitam fora do estado é normal a arbitragem
ser de fora, não é mesmo? Porque só no RS deve ser daqui. No RS é comum a
imprensa secar os clubes daqui. A crítica por maus resultados é muito mais
fácil e chama muito mais atenção. Todos teriam soluções para os fatos negativos
da partida. Os técnicos é que são burros e os dirigentes ainda mais. Bom mesmo
é que hoje podemos fazer a crítica da crítica, com liberdade de expressão,
ainda que para poucos, para bem menos do que aqueles atingidos por esses
xaropes . Bom mesmo é a existência do dial nos rádios, que nos possibilitam a
troca de estação.
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