terça-feira, 19 de março de 2013

AVALANCHE II

Acabo de ler que a direção do Grêmio se retirou da reunião que tratava da liberação do espaço da Geral na Arena. E fizeram bem. Mandaram um milico sem poder de decisão como forma de protelar a questão. Estão preocupados com a segurança da Arena, mas liberam arquibancadas móveis para jogos de final de turno do Gauchão. Qual o critério adotado pelos Bombeiros ? Depois da sequência de merdas que fizeram para fornecer o laudo para a Kiss em Santa Maria, onde deverão ser responsabilizados pelas mais de duas centenas de mortes, ficam agora querendo demonstrar responsabilidade onde a mídia está presente, ou seja, jogando para a torcida. A julgar pelos critérios que tentam impor para a liberação da área da Geral, nenhum outro estádio no Rio Grande do Sul poderá receber jogos. Isto para falar somente em estádios de futebol. Se não é seguro fazer avalanche pelo número de torcedores ou pela inclinação do local da Geral, que aceitem os gradis indicados pela OAS e pela Direção do Grêmio. Os gradis impedirão a avalanche. Pronto, está solucionado o problema. Não terá mais avalanche, para deleite dos Bombeiros e da imprensa aqui da paróquia. Agora, impor que se modifique o projeto da Arena depois de pronta (aprovado por todos os órgãos por onde teve que passar) é inadmissível. Não se pode admitir e nem respeitar tal decisão. Que se produza laudos idôneos e se recorra à justiça se necessário. A imprensa, por sua vez, quer torcedores sentados e comportados durante os jogos. Escutei isso no Sala de hoje. Depois, contraditoriamente, falam que não sabem porque o Gauchão tem uma média tão baixa de público. O Kenny falou que as famílias não vão mais aos estádios como antes.  Deve estar falando do tempo que a torcida jogava sacos de mijo uns nos outros, ou do mesmo tempo que uma mulher não podia ir ao estádio sem ser assediada. Ou ainda do tempo que até guarda-chuvas eram jogados no Gramado. Hoje, ao contrário, há muito mais famílias e mulheres nos estádios do que há vinte ou trinta anos. Inclusive na Geral, tão detestada por essa imprensa medíocre. Não há também invasões de campo como era comum anteriormente. A torcida canta mais, é mais atuante e os jogadores gostam e curtem os cantos. Prova disso é que para as zonas mais populares do campo correm quando comemoram gols. Quem quer torcer e ver o jogo calmamente tem mais de 85% de acomodação no estádio em excelentes lugares com muito conforto. A Geral ocupa não mais do que 15%. A Geral é essencial para o jogo e o Grêmio não pode permitir que seja tolhida em nosso estádio. Parabéns ao Nestor Hein que deixou esses babacas dos Bombeiros e do Ministério Público falando sozinhos. Resistiremos. A propósito, não assisto jogos da Geral e minha cadeira é no Gramado.