sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

AVALANCHE

Os bundões da imprensa gaúcha estão eufóricos com o acidente ocorrido na Arena no jogo contra a LDU. Mais do que o resultado da partida e a classificação do Grêmio, passaram o tempo todo comentando a queda de vários torcedores em decorrência da avalanche no gol do Elano. Querem porque querem o fim dessas manifestações e da espontaneidade da torcida, que tanto acrescentam aos jogos. Não se contentam em tecerem comentários medíocres e comprometidos sobre os jogos e os jogadores. Querem manipular a torcida e o seu comportamento. Pretendem um público de teatro nos jogos. Já conseguiram espantar dos estádios os menos favorecidos economicamente, agora querem espantar aqueles que, mesmo tendo dinheiro, não se comportam de acordo com a etiqueta nos jogos. Propugnam um estádio cheio dos tais "homens de bem" de que tanto falam. Já não se pode beber no interior dos estádios, isto é, nos lugares menos nobres, porque a presença nos camarotes é regada a espumantes. A propósito deste tema hoje o Mauro Cezar Pereira da ESPN publicou um texto que é uma pérola, sugiro que leiam nesse link: http://espn.estadao.com.br/post/307421_acabem-com-a-avalanche-do-politicamente-correto-da-caretice-que-esta-matando-o-futebol. Num certo momento do texto assim se expressou o jornalista, com o que concordo plenamente: "Entre buscar uma solução e proibir, eles preferem o caminho mais fácil, o do veto, que agrada a parcela da sociedade, acostumada com isso, que concorda com essa política restritiva que encapa os incompetentes. Clássicos com uma torcida para a polícia não ter tanto trabalho, estádios sem cerveja, como se as pessoas não bebessem do lado de fora, bandeiras vetadas, empobrecendo o espetáculo, como se elas fossem armas e não símbolos de amor pelo clube... São várias as medidas proibitivas nesse bloco cretino que avança sobre as legítimas manifestações do povo". Entre as opiniões que ouvi, a do Nando Gross é a mais ridícula. O falso descolado, manifestando-se contra a parte do estádio sem cadeiras, disse não entender porque não se pode oferecer lugares mais baratos com cadeiras, como se aqueles torcedores da Geral não merecessem comodidade. O imbecil não entende que a geral não quer cadeiras, que sempre torceram de pé e querem continuar assim. Que não sentam nunca e empurram o tempo todo o time. Este é o nosso diferencial é por isso que somos respeitados no Brasil e fora dele. O segundo tempo da inauguração da Arena no jogo contra o Hamburgo provou isso. Com a retirada da banda após a briga a torcida silenciou, o estádio emudeceu. Vamos nos manifestar e não deixar essa tradição morrer. Queremos espaço sem cadeiras para a Geral e a Avalanche. Se o estádio não possui condições para isso, que reforcem a estrutura, que façam o que for necessário e não se entreguem para as autoridades ou para esses bundões da imprensa.