terça-feira, 15 de setembro de 2009

PARABÉNS À VOCÊ GRÊMIO

Outro dia estava tentando me lembrar da primeira lembrança que tenho como gremista. Cheguei à conclusão que foi escutando um grenal pelo rádio, possivelmente pelo Pedro Carneiro Pereira, que ganhamos por quatro a zero. Era 1968 e eu estava em Cachoeira do Sul visitando a Fenarroz. Eu tinha sete pra oito anos. Claro que já nasci gremista, meu pai é gremista e era o início da década de 60, com infinita superioridade do Grêmio. Meu primeiro ídolo foi o goleiro Alberto, que,me lembro, jogava de azul. Eu tinha uma camiseta tricolor com o número 9, possivelmente pregado pela Tia Bica e uma branca com gola e uma costura na manga em azul, com o escudo do Grêmio. O pai comprou na Casa Cauduro na José Montauri em Porto Alegre. Quando vinha à Porto Alegre, parava na casa do tio Cibico (Rua Teixeira de Carvalho), que a partir dos anos 70 morava no Jardim Olímpico, no morro à direita da cascatinha, onde, com o binóculo do Tio, acompanhava os treinos do Grêmio, já que não havia ainda o anel superior para encobrir a visão. Me lembro de ter ido a um Grêmio e Santos e a um Grêmio e Cruzeiro, aquele do soco do Everaldo no Juiz, no ano de 1971. Em 1975 vim estudar em Porto Alegre e não perdi mais jogos do Grêmio. Mesmo quando retornei à Caçapava em 1984, não deixei de assistir aos jogos no estádio. Meu primeiro filho,Marcelo, nascido em 1984, com quatro ou cinco anos anos já viajava comigo para ver o Grêmio e nunca mais parou. Quando o Maurício começou ir aos jogos, já morávamos em Porto Alegre novamente. Nós três somos sócios há muito tempo. Talvez este tenha sido o maior legado que dei a eles: a paixão pelo tricolor. São fanáticos, críticos, mas acima de tudo torcedores fiéis. Gosto do Grêmio acima de tudo - "mesmo sem ser campeão o sentimento não se termina". Na minha escala sou Gremista, Caçapavano, Gaúcho e Brasileiro, nesta ordem. Pelo Grêmio (além da família) me animaria a brigar. Estou triste com nosso momento. Não temos expectativa de sermos campeão, o time não empolga, perdeu a sua característica e, principalmente, perdeu em torno de 15 mil torcedores por jogo. A torcida sempre fez a diferença. Fomos nós que lançamos a febre de usar a camiseta em qualquer momento e fomos nós que criamos um jeito diferente de torcer no estádio, com apoio incondicional e o tempo todo. Infelizmente esta diretoria está matando a relação time-torcida, isto é, o time representar no campo a vontade de ganhar demonstrada nas arquibancadas, e vice versa, a torcida enlouquecer pela forma de jogar do time. Mas temos que comemorar esta data, porque esta diretoria e este time vão passar e o Glorioso Grêmio, viverá em sua imortalidade.Parabéns GRÊMIO pelo teu aniversário.

Um comentário:

  1. O primeiro jogo que eu fui foi Grêmio 6 x 1 Flamengo. Também tenho claro na lembrança o rebaixamento de 91, ouvindo no rádio da Marajó, não sei se era marajó, sentado na janela do meu quarto da casa da Cel. Romão.

    ResponderExcluir