quinta-feira, 3 de março de 2016

DE NOVO A IMPRENSA XAROPE



Duvido que exista uma imprensa esportiva mais xarope que a do Rio Grande do Sul. Quando falo em imprensa estou generalizando, mas poucos jornalistas são exceções nesta regra. É bem verdade, também, que em nosso meio há nitidamente um monopólio da RBS em todas as mídias.  Na rádio, porém, há uma forte reação da Guaíba, que é muito melhor que a Gaúcha. A linha da Guaíba é mais descontraída, muito mais alinhada com uma nova comunicação mais interativa, sem filtros com a crítica manifestada pelas redes sociais. A programação das duas maiores rádios é muito parecida, quanto a conteúdo e horários, o que as diferem é o componente humano. Na Gaúcha existe uma linha editorial dura, chapa branca, em defesa intransigente de instituições como a FGF e seu falido Gauchão. Inovações como a Primeira Liga, embrião de um novo conceito em gestão de futebol e seus certames, são recebidas como “ronha” dos clubes que sequer conseguem administrar os seus interesses, quanto mais administrar uma Liga, na uníssona e treinada voz de alguns cronistas como Wianey Carlet e Pedro Ernesto, para citar alguns mais expressivos. Esses dinossauros preferem as Federações e o status quo reinante a experimentarem uma nova ordem no futebol. Claro que há interesse da corporação que os empregam por trás de suas opiniões, porquanto o “Charmoso Gauchão” é um produto da RBS. Como esse posicionamento firme e disciplinado qualquer atitude dos dirigentes no sentido contrário, como críticas à arbitragem, às escalações dos árbitros, ou outra qualquer que atinja a FGF ou a seu digníssimo presidente, são encaradas como ranços ou como grenalizações baratas. A defesa dessas instituições é forte. No sala de hoje (03/03/16) se considerou como ronha o pedido do Bolzan para arbitragem de fora no Grenal. Nessa o Guerrinha entrou também, embora de maneira contraditória: Disse que deve ser arbitragem Gaúcha porque o campeonato é Gaúcho, alegando que nossos árbitros são escalados para jogos de outras Federações. Ora, se apitam fora do estado é normal a arbitragem ser de fora, não é mesmo? Porque só no RS deve ser daqui. No RS é comum a imprensa secar os clubes daqui. A crítica por maus resultados é muito mais fácil e chama muito mais atenção. Todos teriam soluções para os fatos negativos da partida. Os técnicos é que são burros e os dirigentes ainda mais. Bom mesmo é que hoje podemos fazer a crítica da crítica, com liberdade de expressão, ainda que para poucos, para bem menos do que aqueles atingidos por esses xaropes . Bom mesmo é a existência do dial nos rádios, que nos possibilitam a troca de estação.

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