quarta-feira, 13 de novembro de 2013

RENATO E A CARA DO GRÊMIO

Já disse e repito que o Renato foi o maior jogador do Grêmio em todos os tempos. Conseguiu os mais importantes títulos para o Grêmio sendo protagonista nessas vitórias. Não é por nada que ele é o maior ídolo do Grêmio. A camisa 7 mais vendida no Brasil e talvez no mundo. Mas não acho que ele deva continuar como treinador do Grêmio em 2014. Respeito e aprecio o tratamento e a cobertura que ele dá aos jogadores, mas não gosto do Grêmio atual como time de futebol. A desculpa para a retranca implementada é o grupo, ou melhor, a limitação técnica do elenco. Não acho, entretanto, que o grupo não tenha qualidade. A tão famosa "cara do Grêmio" não é a de um time que só se defende com balão pra tudo que é lado. Com a presença do adversário a maior parte dos 90 minutos em nosso campo. O time de 83, campeão da Libertadores e do Mundo, jogava com dois zagueiros e um volante, o China. Os outros da meio campo eram o Osvaldo e o Tita e, no Mundial, o Osvaldo, o Mário Sérgio e o Caju. Nesse time de 1983 entrava com frequência o Bonamigo, com características mais defensivas. No de 1995, o meio campo tinha o Dinho, o Goiano, Arilson e Carlos Miguel. Dois volantes. Em ambos existiam grandes articuladores que também eram goleadores. Este time atual que só defende, não tem a cara do Grêmio, tem a cara do Gaúcho de Passo Fundo no tempo dos irmãos Pontes. É a cara do Rocky Balboa depois da luta, com a diferença que o Rocky apanha 14 rounds e acerta uma bofetada no 15º e ganha a luta. O Grêmio não tem acertado nem esta bofetada. A Cara do Grêmio independe de esquema tático. A Cara do Grêmio é a de jogadores que não se conformam em perder ou empatar. Que lutam 90 minutos arduamente, que não se resignam nunca com um resultado negativo. É cara de quem quer ganhar e que se sente envergonhado quando não ganha. Pode ter um revés que outro, mas lutou tanto quanto o time que o derrotou. O Renato, me perdoem, não conseguiu dar esta cara ao Grêmio nesse ano e não conseguirá também no próximo. O Santo é o maior ídolo que temos e deve ser venerado, mas não é maior que o Grêmio.

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